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Nota do Editor: há uns dias recebemos no nosso mail um texto de uma amiga de longa data do Grupo. No mail dizia apenas "Só para partilhar..". Depois de ler atentamente o texto decidi publicá-lo neste blog essencialmente por 3 motivos: 1º pela iniciativa, 2º pela qualidade da escrita e pela perspectiva um pouco diferente que nos oferece da vida do GFACR , e 3º para que sirva de incentivo a que mais pessoas ligadas ao Grupo escrevam para este blog que é de todos....
Este tempo de defeso acaba por se revelar demasiado longo e as saudades, inevitáveis, acabam por se traduzir numa ansiedade enorme de voltar a ir aos toiros, do contacto com o campo e de tudo o que envolve a Festa
Isto fez-me espreitar uns sites taurinos há uns dias atrás, cheia de vontade de saber novidades, ver os cartéis, (que começam a surgir!), estar a par do que se vai passando nesta fase de preparação da próxima temporada
E dei por mim a ler um texto de um repórter taurino que passou um dia na companhia de um grupo de forcados
No fim do texto, havia uma parte que dizia:
Foi assim que passei a tarde, noite, madrugada e resto do dia seguinte com o Grupo Tenho pena de não conseguir transmitir mais do que consigo escrever, pois passar um dia e viver de perto todas as emoções de um Grupo de Forcados é algo que nunca mais se esquece na vida. Qualquer rapaz que a troco de nada bate as palmas a um toiro e se conforta com um sorriso, com uma flor, ou uma palmada amiga é algo de belo que não tem explicação
Achei estas palavras de uma beleza incrível e reconheci, imediatamente, o sentimento que este repórter tentava transmitir!....
Quando há cerca de 12 anos atrás surgiam, nas Caldas, as primeiras movimentações entre antigos (e na altura alguns ainda actuais) forcados e aficionados para se formar um novo Grupo de Forcados nas Caldas, lembro-me de acompanhar entusiasticamente, (na altura através do meu pai), o desenrolar daquele projecto! Nessa altura, os velhotes do Grupo, (como carinhosamente são chamados), eram miúdos cheios de vontade de pegar toiros e de aprender o que isso era!...
As coisas mudaram Esses miúdos cresceram; entraram novos elementos no Grupo; uns já se retiraram; continuam a aparecer caras novas; os cabos mudam Enfim, o rumo natural de um Grupo E mudou também a forma como eu vejo e acompanho o Grupo!...Se antes ia às corridas pela mão do pai e assistia, da bancada, à prestação de pessoas que conhecia, mas com quem, (sendo um pouco mais velhas do que eu), não tinha outro tipo de relação para além de os conhecer através do meu pai, de há muitos anos para cá, quem está lá dentro, muitas vezes, são alguns dos meus melhores amigos
E é aí que eu digo que as coisas mudam...
É difícil ficar indiferente a alguém que se entrega de corpo e alma ao toiro e aos sete amigos com quem se salta à arena Só mesmo quem nunca viveu de perto essas emoções pode não entender ou não dar valor. Não sei o que se sente quando se pega um toiro!...Foram inúmeras as descrições que me foram feitas por pessoas tão diferentes; de gerações, Grupos e de vivências tão distintas, (até porque cada um sente as coisas à sua maneira), mas, por melhor que seja a descrição, o sentimento, esse, é impossível ter! Só quem é forcado tem esse privilégio!...
Mas também há um lado fascinante e intenso para quem não pega toiros!...
Quando digo que reconheci o sentimento que o tal repórter tentava transmitir, digo-o porque partilho das mesmas palavras. Realmente passar um dia e viver de perto todas as emoções de um Grupo de Forcados é algo que nunca mais se esquece na vida!!! Não me refiro aos jantares, às noites prolongadas, de festa, depois de uma corrida
Isso é tudo muito bonito e não se esquece, mas não é o mais importante, apenas um complemento que surge por acréscimo!
A partilha dos momentos de alegria e dos menos bons; o nervoso miudinho que antecede cada corrida; a ansiedade quando, na arena, as coisas não estão a correr como todos desejaríamos; o alívio quando tudo se resolve e a pega é consumada com sucesso e a alegria quando tudo corre bem, isso sim, é, para mim, o que fica guardado para sempre
Gosto sempre daqueles dias de corrida, em que se sai cedíssimo; (alguém se perde no caminho!); ao chegar, se ocupa por completo o Café Central; toda a gente se concentra junto ao local da fardamenta; se fala do peso dos toiros; como irão sair; quem sairá à cara; o que é que o Cabo terá dito lá dentro para eles saírem cá para fora com estas caras Toda a envolvente Gosto mesmo!!
E todos esses momentos nos prendem muito mais e nos fazem, não só entender melhor o que cada forcado sente, como, também, cria em cada um de nós uma forma muito especial de viver a Festa!
Quando, com o passar do tempo, comecei a acompanhar mais de perto o G.F.A.C.R., fi-lo, pelos meus amigos!...Muito mais do que a afición que sempre tive, deixar de apenas assistir à corrida, para passar a estar presente nas fardamentas, nos jantares, nos treinos e noutros momentos do Grupo, deve-se ao facto de que, com o tempo, os elementos que se fardavam, que muito provavelmente iriam pegar
eram os meus amigos!
Claro que uma coisa leva a outra e quando se está presente nestes momentos tão especiais, acabamos por estar envolvidos por tudo o que se passa com o Grupo e a amizade acaba por se alastrar aos amigos dos nossos amigos e acaba por se sofrer por todos quantos estão lá dentro!...
Também na bancada se sofre! E é impossível não sofrer pela mãe, irmã, mulher, namorada, que está ao nosso lado!! É contagiante...E se, como disse há pouco, é impossível ficar indiferente a quem dá tudo o que tem, muito mais nos toca quando se trata de pessoas que nos são próximas
Mas se é interessante este tipo de convivência em dia de corrida, tudo se torna mais interessante e fascinante quando a isto se soma as idas aos treinos (ver as apostas do Cabo e as revelações que surgem, acompanhar a evolução de cada elemento ); as conversas sérias que surgem nas ditas noites de festa, após a corrida, em que muitas vezes, em conversa com alguns elementos, acabo em saudáveis discussões pelos diferentes pontos de vista da análise da corrida
Quando se vive de perto estes momentos, garanto-vos que, por mais simpatia que se tenha pelos Forcados em geral, sente-se um carinho muito especial por este Grupo!
De tal forma que, mesmo quando não é possível estar presente, não nos esquecemos do dia de corrida e tem que haver sempre os ditos telefonemas antes, durante (às vezes em directo!) e depois da corrida! É sempre pior quando não se está presente E se, de alguma maneira, quem está de fora pode dar o seu contributo, pelo menos o apoio, o estar lá (principalmente nas piores alturas) e a vontade enorme de que tudo corra pelo melhor, está garantido! (Ainda hoje acho que, quando a 20 de Agosto do ano passado, em Colónia, no Encontro Mundial da Juventude, em pleno Marienfeld, ao não poder estar presente na corrida da Nazaré, vos tive nas minhas orações, acredito que foram ouvidas! Bem, pelos vistos não para essa corrida, que as coisas não correram assim tão bem Mas para o resto da temporada!!!! Fui eu!!!!). Agora estou a brincar, claro!
Ao longo destes anos, é com alegria que tenho vindo a assistir ao crescimento do Grupo, de todos os elementos, não só dentro, como fora de praça! Porque esse crescimento deverá ficar para toda a vida
Para mim, um forcado nunca deixa de ser forcado, porque, a meu ver, é uma forma de estar na vida! E mais do que os toiros pegados, a partilha, os valores que se foram enraizando e as vivências (que nestas circunstâncias ganham uma dimensão gigante), são o que de melhor se pode guardar
Isto, na minha opinião, claro!
É sempre um prazer partilhar a paixão pelos toiros, sobretudo quando, simultaneamente, nos é dada a alegria de aplaudir de pé um amigo pela forma como vive essa paixão! (Óscar, esta é para ti!)
Bem, o que começou com um impulso de querer partilhar convosco o que aquelas palavras me fizeram sentir acabou por se tornar num testamento!!!!! Desculpem!!
Haverá, concerteza, outras oportunidades de o desejar, mas, desde já, SORTE para a próxima temporada!!
Que a jaqueta de ramagens vos traga as maiores alegrias!...
Ana Cunha
Meus queridos amigos
Começo por agradecer (ou não) esta batata quente que me foi passada pelo meu querido afilhado Eduardo Egrejas. Eu não vou escrever muito, como também não vou repetir pela décima vez os temas das outras batatas quentes, por isso o que eu escrever vai sair com toda naturalidade e franqueza (o que também é muito característico da minha pessoa).
Vou falar obviamente do nosso grupo que tanto gostamos e que todos os dias lutamos de diversas maneiras sempre para o bem, defesa e desenvolvimento do Grupo de Forcados Amadores das Caldas da Rainha.
Este maravilhoso grupo de moços de forcados sempre foi sem dúvida muito curioso, especial e diferente de todos os outros que se conhecia até à data.
Para os mais novos e para os mais esquecidos, eu recordo aqui que no princípio o número de corridas para este grupo eram escassas, e as poucas corridas que o grupo tinha não eram sem dúvida em Campos Pequenos nem em muitas praças de primeira, logo a divulgação comparado com grupos que por pegar em número elevado, ou em corridas consideradas grandes corridas era muito menor. Mas o curioso quer acreditem ou não, é que o nosso grupo sempre foi falado e conhecido por um grupo diferente, mas neste caso o ser diferente é bastante bom, pois sempre foi transparente os valores que estes moços traziam para as corridas, mas também, depois de tirar a jaqueta continuavam fechados como um laranja (frase de Vasco Morgado) ou seja de uma amizade muito longe do comum em verdade completa, defendendo sempre os valores morais, e de certa maneira um grupo fechado a terceiros, mas que depois de mostrar interesse e provas (sobretudo morais) esses mesmos terceiros começaram a integrar na historia do nosso grupo.
Este grupo por vontade de todos, continua (praticamente a treze anos) intacto no que diz aos seus valores, e cada vez maior em todos os sentidos. Mas para quem ainda não realizou bem, tudo é fruto de uma amizade, que em parte nenhuma se conhecia tal sentimento tão vincado e sentido. São esses valores que quando alguém de fora chega carrega nos ombros e depois logo se nota se é dos nossos, ou não suporta valores como amizade, verdade na vida como nos toiros, etc.
Com estas palavras apenas queria dizer, que eu sou um dos felizardos que tem o privilégio de integrar neste grupo tão especial como disse em cima. Espero que todos continuem acima de tudo a cultivar a verdade, e por consequência esse sentimento tão poderoso como a nossa amizade. Muito obrigado a todos pela amizade que tem por mim, e não nos vamos esquecer que é na base da amizade e sempre com a verdade que continuaremos a chegar lá sempre como uns senhores.
Quero deixar aqui um abraço especial a todos os nossos cabos que tanto admiro, ao Vasco Morgado e ao Francisco Calado.
Despeço me agora com um abração e um bem-haja para todos os meus amigos que tem pachorra para ler coisas que eu escrevo.
João da Silveira
Ora a batatinha, como estamos numa de afilhados e padrinhos vai para o meu muito e querido amigo e afilhado Emanuel
Nesta oportunidade que o nosso amigo Pedro Garcia me deu em andar á batatada com vocês gostaria de vos transmitir alguns pensamentos e sensações. Assim, como não tenho muito jeito para as palavras (como bem sabem) vou tentar ser o mais sucinto possível.
Gostaria de começar por enaltecer todo o trabalho de equipa que este ano existiu para criar o site, o blog, os folhetos, as garrafas e toda a divulgação em geral do nosso grupo e da festa dos toiros.
Confesso que não sou propriamente um aficionado por este meio de comunicação, visto que estou a escrever para todo o mundo, (e se já sou acanhado por norma quando estou com vocês, imaginem agora....), mas vou tentar dar o meu melhor.
Bom, Bombi lenha!.
Desde a primeira batatada que se fala, ou falou, da nossa temporada. Das lesões, das alegrias e das desilusões.
Em relação ás lesões nada a acrescentar, visto como o stor disse os toiros por vezes magoam. Temos que estar preparados para esse facto , mas, como é que é possível digerir todo este azar que nos bateu á porta este ano e seguir em frente ainda com mais garra?
Eu explico, na realidade até é bastante simples. Basta pensar nos princípios pelos quais o nosso grupo se rege, e se isso não chegar, vamos olhar para a atitude que o Fred cigano tomou, quando se transcendeu e um dia difícil disse: o grupo deu-me muita, mas muita coisa. Chegou a altura de eu dar-lhe algo em troca. Parece, e é, poético ( o que choca vindo de quem veio!!!), mas o que é que nós somos senão os poetas da festa? Para nós não existe como o sorriso dos nossos amigos e as palmas dos aficionados. É essa a verdadeira recompensa de um forcado.
O sorriso que ainda agora vos falei é aquele que tive oportunidade de ver na Nazaré aquando o Luís Miranda, o Manuel Nobre da Veiga, e o Tó Abrantes pegaram os toiros que nos calharam em sorte. Quando assisti da bancada (posição difícil), á felicidade colectiva do grupo, partilhando toda a alegria dos três, relembrei mais uma vez com saudade a sorte que tenho em ser forcado neste grupo.
É óbvio que as desilusões também estão patentes na nossa vida, tanto dentro como fora das praças. Quem é que de nós pode dizer que nunca saiu um bocado mais triste por causa da maneira como ajudou ou como pegou determinado toiro? Ou até quem é que nunca ficou mais sentido por não se ter fardado, quem?? Nenhum de nós, porque quem não sente não é filho de boa gente, e aqui no nosso grupo todos sentimos.
Para finalizar e não ser muito maçador, gostaria de partilhar um momento e uma emoção.
Faz algum tempo que uma pessoa muito especial para mim e que me acompanha nesta guerra me fez a seguinte pergunta.
- Ao que é que cheira um toiro????
Bolas (pensei eu),com esta é que me fico!!! Depois de me ajudar a lavar a farda tanta vez ainda não sabe???!!!
Mas não. O cheiro da pega não é só isso! É o toiro e todas as pessoas que estão envolvidas nesse momento, nessa corrida, neste grupo. Vai dai começámos a falar no grupo e na mística (essa mesmo...). Quando dei por isso estava embrenhado numa conversa sem fim. São sensações que nunca vou conseguir explicar a ninguém, mesmo aos que são ou foram forcados noutros grupos. Não é que o grupo das Caldas seja melhor ou pior, é diferente. Para mim pessoalmente é uma maneira de estar na vida. Nem sequer consigo imaginar o que teria sido a monotonia ao longo destes anos enquanto tive o prazer de me fardar com vocês todos.
Gostaria apenas de dar um grande abraço a três pessoas que são muito especiais para mim e que têem o meu incondicional apoio..
O Francisco Calado por tudo o que tem conseguido por nós, o Nuno Vinhais por tudo o que vai conseguir a partir do nosso 15 de Agosto, e o Oscar Carvalho que, como tenho notado, tem suplantado a 300% o antigo cabo dos juvenis a dar cabo da cabeça aos meninos.
Amigos, está ai outro ano
BOMB I LENHA
Abraços
Eduardo Egrejas
Jà agora gostava de entregar esta batata quente ao meu amigo, o sempre rei das arábias.
O Ganda John
Meus Amigos,
Já muito, e bem, foi dito neste nosso espaço.
Da temporada passada e seus reveses; das actuações menos conseguidas e dos triunfos (estes em larga maioria); da amizade que nos une dentro e fora da praça.
Mas para a batata que me calhou, pensei em escrever algo um pouco diferente.
Ora aqui vai:
Toda esta história de pegar toiros parece ter começado fruto da convivência entre os nossos antepassados e o touro (entenda-se o tuga e não os nuestros hermanos).
Ao longo dos séculos, o Homem teve de partilhar o seu espaço com este nobre animal, o que requereu alguma arte e engenho. Quantas pegas não devem ter sido feitas quando no campo se tentou capturar este animal. O sinal desta convivência pode ser encontrado nos rituais pagãos da Alta Idade Média.
No entanto, a pega enquanto parte de uma festa, surge com a prática da embolação, e os grupos de forcados apenas no Séc.XIX.
Vários foram os Reis portugueses que praticaram esta arte, D. Afonso VI, D. Pedro II e D. Miguel I, nunca deixando de ser uma festa popular ( simbiose entre a nobreza e a plebe ). O forcado vestido de povo actua como fidalgo.
Penso que encontrei um autor que define o forcado e a arte de pegar toiros ( peleja entre dois machos ) de uma maneira muito particular que aqui vou partilhar com todos os leitores deste blog. Esse autor é Fernando Teixeira.
Fernando Teixeira coloca uma interrogação: Porque razão só se pegam toiros em Portugal?
A razão, pensa, está nas sucessivas invasões que a nossa península foi sofrendo, e que a barreira atlântica obrigou a parar e, consequentemente, resistir ao inimigo. Ter-se-á então desenvolvido no nosso povo um espírito de firmeza e abnegação em tudo idêntico ao do pegador que vai à cara do touro..
Chega a referir que a Ala dos Namorados, que enfrentou a investida do touro castelhano em Aljubarrota, talvez tenha sido o nosso primeiro grupo de forcados. Afinal o GRANDE Ricardo Cunha parece não estar errado quando refere que noutra encarnação esteve na dita Ala.
E acabo com uma citação de Ramalho Ortigão aquando da proibição da pega de caras no reinado de D. Luís:
Às razões de brandura de costumes, de humanidade, de filosofia, de civilizações invocadas por quem dirige esta jiga-joga, eu humilde intérprete do Povo só uma coisa oponho Má raios partam o zelo tísico de tanto maricas e tanto lambisgóia que não me deixam pegar o touro à unha.
E com esta me fico até à próxima
E esta semana a batata quente vai para o meu, e nosso, grande amigo Eduardo Egrejas.
Um abraço deste vosso amigo
Pedro Garcia
Caros Amigos e leitores,
É com muito prazer que recebo este atrasado presente de Natal (a batata quente) vinda do Marco. Desde já vos quero revelar, que sou um padrinho extremamente orgulhoso do meu afilhado.
Visto ter a honra de ser o primeiro batateiro de 2006, aproveito para desejar o todos, Amigos e leitores, um excepcional 2006.
É, sem dúvida alguma, um privilégio para mim, fazer parte do Grupo de Forcados Amadores de Caldas da Rainha. Um grupo de Verdadeiros Amigos que, tanto nos bons como nos maus momentos fazem questão de estar sempre presentes (unidos), e que por acaso pegam (muito bem) Toiros.
É muitas vezes nos momentos menos bons das nossas vidas que temos a noção da enorme importância que os Verdadeiros Amigos realmente têm.
O mais complicado não é o cair, mas sim o levantarmo-nos depois da queda.
A todos, os que me ajudaram de uma forma ou de outra, a tornar a minha recuperação mais fácil, o meu muito obrigado.
Janeiro simboliza o início de um novo ano, esta é a altura do defeso, em que todos nós já estamos completamente saturados deste enorme jejum de Toiros. O calendário dos primeiros treinos e ferras já foi (e bem) anunciado pelo nosso Cabo. O bichinho que existe dentro de cada um de nós começa a dar sinal que está farto de estar quieto. As datas velozmente vão-se aproximando e damos por nós (em vários momentos do dia) a imaginarmo-nos à frente da primeira vaca da temporada ou mesmo do primeiro Toiro de verão Quem em 2006 ainda não pensou nisto??? (Ninguém de certeza)
Simultaneamente, o pensamento fica recheado com memórias de corridas anteriores, essas grandes tardes e noites de toiros que o G.F.A.C.R. tem proporcionado ao conhecedor aficionado, e que a nós, forcados, nos enche a alma com sentimentos quase impossíveis de descrever. Não querendo ser pouco humilde ou de alguma forma presunçoso, tenho a certeza que o G.F.A.C.R. é o melhor de todos os grupos.
A época passada foi muito bruta para todo o grupo, o que obrigou a todos aqueles que, no princípio da mesma, não estavam à espera de se vir a fardar, ou não com tanta frequência, darem o seu valoroso contributo sempre que o Francisco os solicitou. Ao mesmo tempo fomos presenteados, numa altura bastante complicada para o grupo, com um acto de uma enorme coragem, da parte do Frederico (ao voltar a fardar-se), só explicado pela Verdadeira Amizade, o principal combustível deste Grupo. Tudo isto vai provocar uma saudável competição, entre todos os elementos activos do grupo, na futura época de treinos. Com os velhotes a quererem segurar o seu lugar cativo, contrastando com os putos ávidos em conquistar o seu lugar na trincheira. (Assim espero que aconteça)
Costuma dizer-se que há males que vêm por bem. Ao analisarmos mais pormenorizadamente a actual situação do grupo em termos de matéria prima, deparamo-nos com um conjunto de elementos bastante mais maduros e principalmente, bem mais seguros das suas potencialidades dentro de praça, o que nos faz antever uma temporada recheada de êxitos e alegrias.
2006 é também o virar de uma página para o G.F.A.C.R., uma nova etapa se vai iniciar com a mudança de Cabo. Não me querendo alargar muito sobre este assunto, porque penso não ser a altura ideal para o fazer, é me inevitável não escrever umas palavras.
Acredito que a boa continuidade do Grupo está perfeitamente assegurada quando o Francisco, no próximo 15 de Agosto, dia em que festejamos o nosso 13º aniversário, passar o testemunho para o Vinhais. Como escreveu o Vinhais, e muito bem, no seu post, a perfeição não existe Homens perfeitos muito menos, mas acredito que trabalhando em conjunto, com o esforço de todos, aliado à dedicação de cada um, e sempre com o sentido de grupo bem presente, caminharemos, em direcção da melhoria, sempre em busca da dita perfeição, dentro e fora de praça, orgulhosos da nossa Jaqueta!!! (Pedindo à sorte que este ano nos acompanhe)
O passe da Batata Quente
Como estamos numa onda de afilhados passarem aos padrinhos, é com muito gosto que ponho o Pedro Garcia a dar à caneta durante a próxima semana.
Os desejos de um ano com tudo do melhor.
A todos, Aquele Abraço
Pelo G.F.A.C.R. venha vinho
Pedro Carvalho