Caros Amigos e Leitores,
Em primeiro lugar, o meu muito obrigado ao Francisco Kreye pelas palavras que me dirigiu e por me ter passado a Batata!
É bom a Batata estar de novo em plena actividade. Obviamente cada um é livre de aqui se expressar, mas entendo que não deve ser utilizado como um substituto de discursos dos jantares, muitos assuntos Históricos, técnicos, sociais, motivacionais ou mesmo de ficção podem aqui ser abordados e enriquecedores do Blog (relembro por exemplo a Batata do Jota ou a Batata do Fred sobre a preparação física de um Forcado).
Tivemos aqui como últimos textos, os testemunhos de alguns jovens Forcados e outros que treinam para o ser, sobre as suas entradas no Grupo e sentimentos, ora muito bem, a minha Batata é obviamente para todo o Grupo mas muito direccionada também para eles!
Forcados – breve resenha histórica
Porque não basta pegar toiros é importante também saber um pouco das nossas origens.
Os Forcados derivam dos antigos Monteiros de Choca, um grupo de Homens que na arena defendiam a escadaria que dava acesso ao Camarote Real com os seus bastões que na ponta terminavam em forma de forcado. Em 1836 com o decreto da então Rainha D. Maria II que proibia a morte dos toiros na arena, passam a ser estes Monteiros de Choca a executar a pega do toiro como forma de remate da lide do cavaleiro, indo gradualmente o nome evoluindo para Moços de Forcado ou Forcados.
Surge assim no séc. XIX formalmente os primeiros Forcados e a pega nos moldes que hoje se conhece, indo ao longo dos tempos evoluindo e adaptando-se até aos dias de hoje, não só pela evolução do toiro bravo, como pelo aperfeiçoamento estético, técnico e motivacional do Forcado.
A Amizade – Pilar do Grupo
Todos nós já lemos frases sobre a amizade, já recebemos aqueles emails com bonequinhos e mariquices, que vão sendo enviados de pessoa em pessoa, pedindo até alguns que se confirme a recepção do mesmo (pessoas certamente que não têm certezas nos seus amigos!)
No Grupo das Caldas a Amizade é e tem de ser a base que sustenta o bem-estar e sucesso do Grupo.
Pegar toiros e ser-se Forcado (porque são coisas distintas) não é para todos, e muito menos é algo que se possa fazer a vida inteira, mas enquanto alguém houver que envergue a Jaqueta do Grupo das Caldas com forças ou já quando elas escasseiam os toiros continuarão a ser pegados de frente seguindo a máxima que rege a forma de pegar do GFACR de que “pé que vai á frente, não volta atrás”.
O comum dos mortais na presença de um toiro bravo fugiria. Mas nós…nós enfrentamo-lo de frente, provocamo-lo e pegamo-lo, mas isto é possível porque ao nosso lado estão pessoas em quem confiamos e podemos realmente tratar por Amigo!
A amizade entre nós está no momento em que recebemos um abraço depois de uma pega, nos sorrisos e tristezas dentro e fora de praça, num problema na vida em que prontamente nos ligam e nos dizem “o que precisas? conta comigo”, quando um amigo se aleija e alguém se mete entre ele e o toiro para o proteger, nos copos, nas conversas…conclusão, por muito que se escreva a amizade sente-se nas acções e no espírito de cada um nós.
Para terminar…
Ser-se Forcado hoje em dia e especialmente no GFACR é assumir um compromisso de Honra para a vida. É ser um guerreiro dos tempos modernos que tal como antigamente se rege pelos valores da Honra, Lealdade, Integridade, Verdade e Coragem!
Como nota Final relembro aqui a frase do Senhor Vasco Morgado, 1º Cabo do GFACR:
“Os Toiros da vida são para ser pegados com a mesma determinação que os toiros na arena. A maior virtude de um Grupo de Forcados será porventura esta – uma Escola de Vida”
Que grande Verdade…
Meus Amigos, UM GRANDE ABRAÇO A TODO O GRUPO, àqueles que me ensinaram a ser Forcado, aos que se fardam ao meu lado e aos que um dia se virão a fardar!
Pelo GFACR Venha vinho…Venha vinho…Venham Toiros!
Vou nesta passagem da Batata “fugir” aqui um pouco as regras, sendo assim não o Próximo, mas os PRÓXIMOS a andar á batatada são: Bernardo Mendia, Manuel CID Nobre da Veiga, António Carvalho Neto e agora um dos “novos” Luís Palha…Força aí!
Tiago Ribeiro “Mitch Bacano”
De Frederico Casimiro a 30 de Junho de 2009 às 01:04
Olá Tiago, foi com enorme satisfação que absorvi as palavras que escreveste e só me ocorre um pensamento: tu foste o maior caso de sucesso do nosso grupo. Não porque pegaste mais toiros ou deste mais primeiras, mas sim por teres vindo para o grupo pelo teu próprio pé, valorizando tudo aquilo que sempre procuramos transmitir. É um percurso invulgar e de imenso mérito, por isso é que me identifico plenamente contigo (a beber também) pois és um exemplo a seguir pelos mais novos e admirado pelos mais velhos.
Um grande abraço, Mestre Fred .
De Bernardo Alonso a 30 de Junho de 2009 às 11:17
Muito bem "Mitch Bazuca", gostei muito do teu texto, revejo-me nele e em ti!
Grande abraço
De Daniel Pedro a 30 de Junho de 2009 às 16:54
Grande Tiago, gostei imenso do teu texto! Como já disseram e vale sempre a pena repetir, tens tido um percurso fantástico no grupo e entendes perfeitamente o que significa vestir a nossa jaqueta. Não é por acaso que vives intensamente todo o sentimento de grupo como também o conseguiste "beber" na realização dos teus objectivos pessoais e profissionais.
Obviamente que me revejo em tudo o que escreveste e não podia estar mais feliz agora que conseguiste terminar o curso.
Grande abraço para mais um pilot do grupo!
DANI
De Anónimo a 3 de Julho de 2009 às 13:34
Grande Tiago,
Parabéns pelas tuas palavras.
Muito bem, mas muito bem mesmo.
Compete-te também transmitir tudo isso aos mais novos que tu.
Um grande abraço,
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Nuno Gonçalves Morgado
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