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Provavelmente esta semana haveria muitos elementos com inspiração e vontade para exprimir opiniões e sentimentos textualmente, de uma forma mais cuidada com a escolha das palavras mais acertadas para a ocasião que o Grupo vive, mas dessa forma perdemos algo de importante, o sentimento de Grupo (pela simples razão de possíveis estados de espírito diferentes, do leitor e do escritor), este sentimento que falo é algo que nos discursos facilmente aparece e conseguimos transmiti-lo com as palavras que nos vão na alma, dessa forma é algo de genuíno, único e momentâneo mas duradouro, não podemos apagar e voltar atrás ou fazer um delete e estruturar novamente o parágrafo.
Agradecendo desde já a oportunidade que me foi concedida pelo meu grande amigo B.A, pego numa frase proferida por ele um grupo de amigos que por acaso pega toiros, e posso garantir, que não se trata apenas de um mero chavão, é claro que não se trata de um mero chavão, pois como podemos compreender que nas nossas fileiras continuem a pegar forcados, forcados não, FORCADÕES, com 10, 12 temporadas no activo, alguns deles com lesões graves que foram ultrapassadas, outros com várias intervenções cirúrgicas, outros com filhos (futuros forcados), outros com exigências profissionais, outros ainda que conseguem englobar tudo isto. Será o puro gosto pelo acto de pegar? Será um sentimento de aventura e descoberta? Será pura valentia? Ou será do guaraná?
É evidente que tudo isto está presente, o gosto pela pega, a aficion, a valentia e a aventura, mas acima de tudo há o espírito de amizade e a identificação com os novos elementos do Grupo, pela simples razão da motivação e compreensão de todos os elementos do Grupo em fazer valer os princípios enunciados na Carta Nobre, ora se todos nos identificamos com os princípios e valores que ela representa, se os elementos que entram no Grupo compreenderem os valores e os princípios pelos quais o Grupo se rege, facilmente se integram, existindo desta forma um entendimento global, assim sendo mantêm-se o bom ambiente e o bom espírito deste Grupo, a continuidade e a transmissão de conhecimentos fica assim assegurada. Com este ambiente torna-se difícil deixar de pegar pelo grupo, mesmo quando existem diferenças de 10, 12 anos entre forcados no activo.
O que é relevante é o estabelecimento de um conjunto de valores importantes que fazem parte da cultura do Grupo e que permitem, mesmo no mundo actual, falar de amizade e verdade quando tudo é competição, falar de serviço e disponibilidade num tempo que é cada vez mais egoísta, falar de paciência quando tudo é rapidez, falar de generosidade quando tudo tem um preço e de respeito e reconhecimento aos mais velhos. Para quem não conheça a realidade do nosso Grupo até pode parecer absurdo e incompreensível arriscar a vida por amor a uma Arte quando hoje se planeiam carreiras ao milímetro, onde não há tempo nem vontade para pôr em prática conceitos simples como a Verdade, Solidariedade e Amizade, fazer centenas de quilómetros sem receber um tostão quando vivemos na época das ajudas de custo e conviver de perto com a vida e características de um animal magnífico, como é o toiro bravo. A verdade é que actualmente, muitos são aqueles para quem vestir a jaqueta do Grupo se torna uma das mais marcantes etapas da sua vida.
Meus amigos, é um facto que como forcado do G.F.A.C.R, quero e luto para que este Grupo se mantenha o melhor Grupo a todos os níveis, mas agora falando apenas de actuações de forcados e grupos em praça, há certos pormenores que me deixam extremamente preocupado com o nível a que o Forcado deve ter na Festa, acima de tudo quando vou ver uma corrida e pago o meu bilhete, vou como aficionado, na expectativa de um espectáculo com emoção e verdade, ou quando leio uma crónica taurina, também o faço como aficionado, mas o que tenho constatado é que cada vez mais existe um conjunto de grupos e críticos que pouco dignificam o espectáculo taurino e em especial o Forcado, é um facto que desde sempre existiram toiros que recolheram vivos aos currais, mas de outros tempos pouco posso falar da atitude desses forcados.
Hoje em dia vejo grupos que encaram com naturalidade e com uma atitude incompreensível a recolha de um toiro vivo, vi forcados que provavelmente ainda não tinham ultrapassado os limites das suas capacidades serem dobrados (mas quem sou eu para avaliar tal facto? Alguém que foi habituado a ver forcados do G.F.A.C.R e de outros grupos a ultrapassarem esse limite e a continuarem a pegar!!), ouvi toques e faltas de respeito desses mesmos forcados, e foram mesmo faltas de respeito, quer pelo Director de Corrida quer pelo público, pois apenas um ou outro forcado demonstraram enorme valentia e vontade de resolverem os problemas, tudo o resto resume-se a enganos ao público.
Virar a cara à luta, ao problema, não é atitude de Forcado. Faz-me imensa confusão quando ditos críticos taurinos que apregoam aos sete ventos que estão na Festa para o bem dela, façam afirmações tais como: Os forcados têm que compreender os toiros, nem todos os toiros são possíveis de pegar ou Não é vergonha deixar um toiro ir vivo aos currais e ainda Os forcados têm que ter consciência que por vezes o toiro ganha. Concordo, muitas vezes o toiro ganha, quando depois de várias tentativas o grupo resolve o problema com muito coração e pouca razão, sem arte, por isso mesmo, muitas são as vezes em que os forcados não dão volta a praça, isto é o reconhecimento de que grupo perdeu, mas resolveu o problema. Obviamente que um grupo não deve de se sentir envergonhado se enquanto teve forcados para ir à cara do toiro, até ao último forcado, o toiro saia de praça sem ter sido pegado, mas para tal não fica um único forcado do grupo para assistir ao resto da corrida, só no Hospital (é desta forma que nós assumimos ser Forcados). É muito mais fácil ficar na bancada de papel e caneta na mão, a ganhar inspiração para criticar tudo e todos, acredito que seja.
O que fazer a grupos que em nada dignificam o Forcado (quer pelas atitude em praça, ou dentro de trincheira, o cuidado pelo traje de Forcado, etc)? Provavelmente a A.N.F tem uma palavra a dizer. Sinceramente espero que esta também seja uma preocupação da associação, tal como, a entrada de novos grupos para A.N.F estão obrigados a cumprirem determinados requisitos, também a permanência dos grupos deveriam de ter esses requisitos e serem avaliados, bem sei que alguns desses grupos que fiz referência não fazem parte da A.N.F, para esses pouca coisa a A.N.F pode fazer, só esperar que cada vez mais tenham menos actuações.
Para terminar, o Grupo vive uma época de alegria, sinal mais que evidente da vitalidade do Grupo, por vezes o mudar de página nem sempre é fácil, quando não fazemos a mínima ideia do conteúdo da página seguinte, o que não é o caso. O nosso caso é um livro aberto, sabemos o que esperar, temos o conteúdo e foi por esse mesmo conteúdo que foi escolhido o nosso Grande Amigo Vinhais, Vinhais por tudo aquilo que representas, tem sido um orgulho enorme e uma honra fardar-me a teu lado, e de futuro ter-te a ti a dar-me cada vez mais Toiros, sorte é o que eu te desejo.
Uma palavra de agradecimento ao Francisco Calado por todas as outras Temporadas, mas em especial pela última, numa altura em que o Grupo passou por momentos de grande dificuldade a todos os níveis, conseguiu dar a volta e criar as condições para que o Grupo terminasse a Temporada de forma digna e em alta. Não vou fazer referências a forcados porque todos eles contribuíram para dignificar o nome do G.F.A.C.R, e de que maneira, no meu entender o importante é enaltecer o Grupo. Parabéns Francisco como representante máximo do Grupo e o meu Muito Obrigado, outras palavras ficarão guardadas para o 15 de Agosto.
Batata Quente
Tive alguma dificuldade na escolha do próximo batateiro, mas ainda não vimos nenhuma escrita do nosso Cabo neste batatal. Francisco agarra a batata, mas podes pagar as garrafas na mesma. (foi só uma sugestão).
Pelo G.F.A.C.R
Venha vinho e venham Toiros
Um abraço
Óscar Carvalho