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Quarta-feira, 30 de Novembro de 2005

Batata Quente - Òscar Carvalho

Caros amigos,

Provavelmente esta semana haveria muitos elementos com inspiração e vontade para exprimir opiniões e sentimentos textualmente, de uma forma mais cuidada com a escolha das palavras mais acertadas para a ocasião que o Grupo vive, mas dessa forma perdemos algo de importante, “o sentimento de Grupo” (pela simples razão de possíveis estados de espírito diferentes, do leitor e do escritor), este sentimento que falo é algo que nos discursos facilmente aparece e conseguimos transmiti-lo com as palavras que nos vão na alma, dessa forma é algo de genuíno, único e momentâneo mas duradouro, não podemos apagar e voltar atrás ou fazer um “delete” e estruturar novamente o parágrafo.


Agradecendo desde já a oportunidade que me foi concedida pelo meu grande amigo B.A, pego numa frase proferida por ele “  um grupo de amigos que por acaso pega toiros, e posso garantir, que não se trata apenas de um mero chavão”, é claro que não se trata de um mero chavão, pois como podemos compreender que nas nossas fileiras continuem a pegar forcados, forcados não, FORCADÕES, com 10, 12 temporadas no activo, alguns deles com lesões graves que foram ultrapassadas, outros com várias intervenções cirúrgicas, outros com filhos (futuros forcados), outros com exigências profissionais, outros ainda que conseguem englobar tudo isto. Será o puro gosto pelo acto de pegar? Será um sentimento de aventura e descoberta? Será pura valentia? Ou será do guaraná?  


É evidente que tudo isto está presente, o gosto pela pega, a aficion, a valentia e a aventura, mas acima de tudo há o espírito de amizade e a identificação com os novos elementos do Grupo, pela simples razão da motivação e compreensão de todos os elementos do Grupo em fazer valer os princípios enunciados na Carta Nobre, ora se todos nos identificamos com os princípios e valores que ela representa, se os elementos que entram no Grupo compreenderem os valores e os princípios pelos quais o Grupo se rege, facilmente se integram, existindo desta forma um entendimento global, assim sendo mantêm-se o bom ambiente e o bom espírito deste Grupo, a continuidade e a transmissão de conhecimentos fica assim assegurada. Com este ambiente torna-se difícil deixar de pegar pelo grupo, mesmo quando existem diferenças de 10, 12 anos entre forcados no activo.


O que é relevante é o estabelecimento de um conjunto de valores importantes que fazem parte da cultura do Grupo e que permitem, mesmo no mundo actual, falar de amizade e verdade quando tudo é competição, falar de serviço e disponibilidade num tempo que é cada vez mais egoísta, falar de paciência quando tudo é rapidez, falar de generosidade quando tudo tem um preço e de respeito e reconhecimento aos mais velhos. Para quem não conheça a realidade do nosso Grupo até pode parecer absurdo e incompreensível arriscar a vida por amor a uma Arte quando hoje se planeiam carreiras ao milímetro, onde não há tempo nem vontade para pôr em prática conceitos simples como a Verdade, Solidariedade e Amizade, fazer centenas de quilómetros sem receber um tostão quando vivemos na época das ajudas de custo e conviver de perto com a vida e características de um animal magnífico, como é o toiro bravo. A verdade é que actualmente, muitos são aqueles para quem vestir a jaqueta do Grupo se torna uma das mais marcantes etapas da sua vida.



Meus amigos, é um facto que como forcado do G.F.A.C.R, quero e luto para que este Grupo se mantenha o melhor Grupo a todos os níveis, mas agora falando apenas de actuações de forcados e grupos em praça, há certos pormenores que me deixam extremamente preocupado com o nível a que o Forcado deve ter na Festa, acima de tudo quando vou ver uma corrida e pago o meu bilhete, vou como aficionado, na expectativa de um espectáculo com emoção e verdade, ou quando leio uma crónica taurina, também o faço como aficionado, mas o que tenho constatado é que cada vez mais existe um conjunto de grupos e “críticos” que pouco dignificam o espectáculo taurino e em especial o Forcado, é um facto que desde sempre existiram toiros que recolheram vivos aos currais, mas de outros tempos pouco posso falar da atitude desses forcados.


Hoje em dia vejo grupos que encaram com naturalidade e com uma atitude incompreensível a recolha de um toiro vivo, vi forcados que provavelmente ainda não tinham ultrapassado os limites das suas capacidades serem dobrados (mas quem sou eu para avaliar tal facto? Alguém que foi habituado a ver forcados do G.F.A.C.R e de outros grupos a ultrapassarem esse limite e a continuarem a pegar!!), ouvi toques e faltas de respeito desses mesmos forcados, e foram mesmo faltas de respeito, quer pelo Director de Corrida quer pelo público, pois apenas um ou outro forcado demonstraram enorme valentia e vontade de resolverem os problemas, tudo o resto resume-se a enganos ao público.


Virar a cara à luta, ao problema, não é atitude de Forcado. Faz-me imensa confusão quando ditos críticos taurinos que apregoam aos sete ventos que estão na Festa para o bem dela, façam afirmações tais como: “Os forcados têm que compreender os toiros, nem todos os toiros são possíveis de pegar” ou “Não é vergonha deixar um toiro ir vivo aos currais” e ainda “Os forcados têm que ter consciência que por vezes o toiro ganha”. Concordo, muitas vezes o toiro ganha, quando depois de várias tentativas o grupo resolve o problema com muito coração e pouca razão, sem arte, por isso mesmo, muitas são as vezes em que os forcados não dão volta a praça, isto é o reconhecimento de que grupo perdeu, mas resolveu o problema. Obviamente que um grupo não deve de se sentir envergonhado se enquanto teve forcados para ir à cara do toiro, até ao último forcado, o toiro saia de praça sem ter sido pegado, mas para tal não fica um único forcado do grupo para assistir ao resto da corrida, só no Hospital (é desta forma que nós assumimos ser Forcados). É muito mais fácil ficar na bancada de papel e caneta na mão, a ganhar inspiração para criticar tudo e todos, acredito que seja.


O que fazer a grupos que em nada dignificam o Forcado (quer pelas atitude em praça, ou dentro de trincheira, o cuidado pelo traje de Forcado, etc)? Provavelmente a A.N.F tem uma palavra a dizer. Sinceramente espero que esta também seja uma preocupação da associação, tal como, a entrada de novos grupos para A.N.F estão obrigados a cumprirem determinados requisitos, também a permanência dos grupos deveriam de ter esses requisitos e serem avaliados, bem sei que alguns desses grupos que fiz referência não fazem parte da A.N.F, para esses pouca coisa a A.N.F pode fazer, só esperar que cada vez mais tenham menos actuações.


Para terminar, o Grupo vive uma época de alegria, sinal mais que evidente da vitalidade do Grupo, por vezes o mudar de página nem sempre é fácil, quando não fazemos a mínima ideia do conteúdo da página seguinte, o que não é o caso. O nosso caso é um livro aberto, sabemos o que esperar, temos o conteúdo e foi por esse mesmo conteúdo que foi escolhido o nosso Grande Amigo Vinhais, Vinhais por tudo aquilo que representas, tem sido um orgulho enorme e uma honra fardar-me a teu lado, e de futuro ter-te a ti a dar-me cada vez mais Toiros, sorte é o que eu te desejo.


Uma palavra de agradecimento ao Francisco Calado por todas as outras Temporadas, mas em especial pela última, numa altura em que o Grupo passou por momentos de grande dificuldade a todos os níveis, conseguiu dar a volta e criar as condições para que o Grupo terminasse a Temporada de forma digna e em alta. Não vou fazer referências a forcados porque todos eles contribuíram para dignificar o nome do G.F.A.C.R, e de que maneira, no meu entender o importante é enaltecer o Grupo. Parabéns Francisco como representante máximo do Grupo e o meu Muito Obrigado, outras palavras ficarão guardadas para o 15 de Agosto.


Batata Quente


Tive alguma dificuldade na escolha do próximo batateiro, mas ainda não vimos nenhuma escrita do nosso Cabo neste batatal. Francisco agarra a batata, mas podes pagar as garrafas na mesma. (foi só uma sugestão).


Pelo G.F.A.C.R


Venha vinho e venham Toiros


Um abraço


Óscar Carvalho

publicado por cid às 14:34

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Quinta-feira, 24 de Novembro de 2005

Batata Quente - Bernardo Alonso

Caríssimos aficionados,


Quero aproveitar esta ocasião para agradecer a amabilidade do Vasco Morgado em me delegar a batata, sei que não será fácil, pois a fasquia está bem alta. No entanto, esta minha “batata quente” surge na melhor altura pois, há muito que queria partilhar algumas ideias sobre o que eu julgo ser um conflito de gerações.


Muito se tem dito sobre os moços de forcado de hoje e de antigamente. Os antigos reclamam que no seu tempo é que era, os novos, por sua vez contestam esta ideia. Mas afinal onde é que ficamos?


A procura incessante do toiro ideal, nobre e bravo, não é o fundamento de se ser ganadero? E o moço de forcado, não é um toureiro?


A meu ver existem três pontos que separam estas gerações, são elas a evolução do toiro, da pega e a motivação de ser moço de forcado.


Puxando os “galões” de mau feitio, confesso que tenho alguma dificuldade em entender alguns antigos forcados a desvalorizar a pega e os forcados da actualidade, não sei se será alguma frustração por já não pegarem, mas alegria não é certamente….


Naturalmente que estas evoluções estão associadas, pois vejamos: o toiro do antigamente era (segundo rezam as crónicas) descrito como um animal pequeno, não sendo um animal bravo tinha a sua ferocidade, córnea defeituosa e possuía uma investida incerta, o que dificultava e de que maneira, a sorte de caras. Contudo, a metamorfose que o toiro tem tido ao longo dos tempos, através da introdução de novos sementais, de tentas, etc, mas sobretudo da aplicação da ciência à criação dos animais, permite nos nossos dias, apresentar toiros mais nobres, que colocam melhor a cara (teoricamente, pois o comportamento animal é imprevisível), o próprio esqueleto do toiro alterou-se, pois cada vez mais vemos toiros com 600 kg. Esta questão do peso, creio que surge pelo anseio do público e dos ganaderos por apresentar toiros grandes. Não se pode ignorar que a festa brava é um espectáculo onde reinam emoções, e ver 8 Homens a enfrentar um animal com ou mais 600 kg é muita emoção junta…


A própria forma de se pegar, também tem evoluído. Antigamente, em parte pela qualidade dos toiros, mas não só, as formas de se pegar os toiros eram distintas das dos nossos dias. A pega de costas, à meia volta, sobretudo esta última eram muito utilizadas.
A pega de cernelha (esta modalidade anteriormente também era executada) e a pega de largo são as mais frequentes nos nossos dias, em parte pela nobreza dos toiros mas porque, à semelhança de tudo, o Homem procura a perfeição, tendo a meu ver o forcado adquirido mais técnica ao longo dos tempos, deixando de ser um simples agarrador de toiros e tornando-se num toureiro.


No que concerne às motivações de se ser moço de forcado, é-me difícil aceitar alguns argumentos apresentados pelo “antigamente”. Antigamente, eram apenas 8 elementos, quem pegava era muito aficionado, e que não ansiava por qualquer recompensa monetária, e que a valentia imperava em cada moço de forcado, em suma eram poucos e valentes!! E que hoje em dia é moda ser-se forcado, pois proliferam grupos de forcados, recheados de elementos que procuram protagonismo social e afins.


Sociologicamente falando tenho alguma dificuldade em aceitar estes argumentos pois, se há uns bons anos atrás existia mais aficion (no meu ponto de vista), deveriam existir mais candidatos a forcado, não só por esta razão mas porque hoje em dia os jovens têm um leque de opções de actividades vastíssimo, o que dificulta o “recrutamento” de novos candidatos a forcado. Creio que a grande diferença reside na maior organização interna que os grupos possuem hoje, pelo menos os principais.


Tenho que agradecer ao meu avô por me levar a assistir a corridas, e à minha mãe por me obrigar a ver corridas na televisão quando era pequeno (obrigado mãe), desta forma nasceu a minha aficion, mais tarde, através do meu grande amigo Frederico Casimiro entrei nesta grande família,  o resto veio por acréscimo, por força do espírito de amizade reinante no melhor grupo do país, o Grupo de Forcados de Caldas da Rainha. Aqui encontrei uma escola de valores que faço questão de seguir até ao resto da minha vida.


Mas se é protagonismo que hoje em dia se procura, no GFACR não é concerteza, no caso do GFACR é um grupo de amigos que por acaso pega toiros, e posso garantir, que não se trata apenas de um mero chavão.


Batatinha Fresquinha.
Como a feira do cavalo foi há pouco tempo, a batatinha vai naturalmente para o meu grande amigo Óscar “cavalinho” Carvalho.


Pelo GFACR venha VINHO!


Abraços Bernardo Alonso

publicado por cid às 17:28

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Quinta-feira, 17 de Novembro de 2005

Batata Quente - Vasco Morgado

Caros amigos, leitores e colaboradores,


 Ainda hoje existe muito boa gente que quando pensa e fala sobre forcados estabelece uma associação directa ao seu arquétipo ou seja, a um conceito Marialva da figura do forcado.


O Marialvismo como conceito terá surgido com o 4º Marquês de Marialva, D. Pedro José de Alcântara, autor de um método de equitação com o seu nome e que fez furor. Daí que o Marialvismo esteja associado Historicamente à fidalguia, a cavaleiros exímios, vestidos a rigor e apreciadores de touros e cavalos com uma vivência ociosa e mundana em que o fado era por excelência o género musical dilecto.


Terá sido através destas reminiscências que chegou até nós uma estirpe especial de criaturas que não sendo fidalgas (na sua maioria) se arrogam a tal, pela atitude sobranceira com que presenteiam os restantes indígenas. Evoluíram ao nível da indumentária uma vez que só esporadicamente se vestem de cavaleiros, persistem no entanto em assumir um modo de vida ocioso, mundano e acima de tudo, fútil. Uma vida do caraças!


Obviamente que não tenho nada contra toiros, cavalos e fados, tudo pelo contrário. Mesmo em relação ao desfrutar dos prazeres que estes ambientes proporcionam, nada a opor.


O que está em causa não é o uso, é o abuso, não é passar por momentos desses na vida, é fazer deles modo de vida. O que está em causa é que ao invés de mentalidades anacrónicas (desfasadas no tempo), desprovidas de conceitos morais e intelectuais interessantes, os forcados são e devem ser hoje, como o foram em certa medida no passado pessoas esclarecidas e morigeradas, ou seja, exemplos de vida sustentados em princípios morais.


Declino portanto totalmente esse conceito erróneo que infortunadamente ainda vai persistindo acerca da figura do forcado, alimentado principalmente pelos detractores da festa brava e direccionado para os poucos inteirados acerca do meio. Politica portanto!


Contudo não pretendo deixar a ideia que os forcados amadores são uma espécie de meninos de coro. No GFA de Caldas da Rainha são jovens, na sua maioria estudantes ou trabalhadores que terminaram os seus cursos superiores e que para além disso ambicionam vivências desassombradas e extraordinárias. A uma certa propensão gregária, adicionam-se personalidades evidentemente distintas, mas com denominadores comuns.


São na realidade os valores  partilhados, as regras de convivência, que devem ser profusamente difundidos no grupo tendo como base a sua carta nobre e os seus estatutos (no caso do GFA de Caldas da Rainha) por forma a evitar arbitrariedades ou induzir nos observadores interessados a sensação de que situamos o relacionamento interno a um nível tácito e abstracto.


De forma a exemplificar a objectividade apregoada gostaria de fazer um breve exercício de análise utilizando para o efeito os “posts” publicados neste blog até ao momento e a que todos os distintos leitores poderão facilmente ter acesso:


1. Várias foram as manifestações de valorização da atitude do nosso amigo Fred que após ter despido a jaqueta e que em momento de inusitada necessidade do seu grupo voltou a vesti-la, disponibilizando-se generosamente a dar o seu contributo. Abnegação, amizade e colocação dos interesses do grupo acima dos seus próprios interesses é o caso vertente.
2. Na sua última intervenção o Luis Miranda reconhece que cometeu erros técnicos na cara do toiro que pegou na Nazaré. Surpreende pela humildade com que corajosamente nos presenteia com a verdade, reiterando a sua motivação para fazer mais e melhor e não abdicando de transmitir a satisfação incomensurável que para si significou ter sido chamado a essa responsabilidade,  tratando-se como sabemos de um forcado eminentemente ajuda.
3. Foram referidos exemplos como o do Bernardo Alonso, que relembro, na tourada de São Mamede foi seis vezes á cara de um toiro até concretizar a pega, sendo que a partir da terceira tentativa ficou visivelmente diminuído com costelas partidas. Relembro o exemplo do Nuno Serrenho e do Francisco Calado que na pega do mesmo toiro, o primeiro partiu a clavícula na segunda  tentativa e o segundo, assustou-nos com um problema na coluna vertebral. O toiro foi pegado á quinta tentativa na praça da Nazaré. São exemplos maiores de determinação e coragem pessoal, como aliás sobejamente a vida o exige.
4. Gostaria ainda de valorizar o ambiente de diversão e bem-estar que não sendo a causa de tudo o que vem sendo referido é sim a sua consequência. A cereja em cima do bolo. Nos “posts” apresentados verificámos esta realidade pela harmonia, pela partilha cúmplice de opiniões e claro, pelos inevitáveis gracejos provocatórios oportunamente aventados. 


Estes são apenas alguns dos exemplos passíveis de serem apresentados no universo de vivências de um grupo de forcados que herda sem complexos o que de melhor a história deste meio lega, e simultaneamente encara o futuro com o sorriso confiante de quem sabe que a vertente humanística é a via da eternização.


Naturalmente que como em tudo na vida as discrepâncias de opiniões também existem num grupo de forcados, razão para apelar uma vez mais e sempre, aos valores, como busca da verdade (divisa do GFA de Caldas da Rainha). Depois de encontrada, é imperativo o exercício de humildade para que o grupo se manifeste sempre em uníssono.


Como dizia Confúcio à 2500 anos “a humildade é o sólido fundamento de todas as virtudes”.


Fácil? Não, de todo…


No entanto sei que Camilo Castelo Branco era pragmático quando afirmava “Os dias prósperos não vêm por acaso. Nascem de muita fadiga e muitos intervalos de desalentos.”


Passo a batata quente a alguém que afirma que não admite que haja outra pessoa no grupo com pior feitio que ele: o nosso mui querido amigo Bernardo Alonso.


Um abraço cordial.

publicado por cid às 15:14

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Quinta-feira, 10 de Novembro de 2005

Batata Quente - Carlos Sequeira

 Caros amigos,

Começo por felicitar os mentores deste “blog”, pelo facto de terem criado um espaço de interacção, em que podemos expressar os nossos sentimentos e experiências comuns, à volta de um tema que tanto nos apaixona que é o nosso Grupo.


Aproveito também, para agradecer ao Nuno Morgado as palavras simpáticas que me dirigiu, na sua sapiente dissertação, como já vem sendo seu apanágio.


De uma forma muito sucinta, permitam-me tecer algumas considerações, sobre duas vivências recentes, que tocaram-me em especial, nesta temporada que acabou de findar.


O G.F.A.C.R., apesar da sua tenra idade (pouco mais de uma dúzia de anos), cedo se tornou num Grupo sério e exigente.


A comprová-lo passo a citar entre outras, duas verdades, que por mais que se queiram escamotear são incontestáveis – A distribuição da brochura intitulada “A relação entre o Público, a Festa e os Forcados”, e o modo como o Grupo respondeu às sérias lesões de que foi alvo nesta temporada.


A primeira verdade só por si é demonstrativa de como o G.F.A.C.R., é um Grupo sério e exigente, a comprová-lo, foi o facto de ter presenteado os aficionados com um documento inédito, cujo teor revela um eruditismo acima da média, e ainda, altamente esclarecedor de como o Grupo age e vê a Festa.


A segunda verdade tem haver com as lesões que assolaram o Grupo na temporada passada, e que irão ficar na memória de todos nós, como uma temporada fortemente fustigada no que lhe diz respeito.


Todos nós ao longo da época passada, por momentos receámos o facto do G.F.A.C.R., ir ficando privado daqueles que são a sua “espinha dorsal”.


No entanto, este mal acabou por destapar a enorme maturidade do seu colectivo, desfalcados de alguns dos seus principais elementos, os restantes, assessorados por alguns dos elementos mais novos, que embebidos dos princípios basilares que regem o Grupo, dignificaram com enorme galhardia e dignidade a jaqueta do G.F.A.C.R., tanto nas corridas agendadas, como ainda naquelas que se vieram agendar na parte final da temporada.


São dois exemplos escolhidos, entre muitos outros que poderia enumerar, mas só por si demonstrativo de que o sucesso não é fruto do acaso, mas sim consequência de um trabalho árduo, persistente e acima de tudo sério, que só é alcançado porque o G.F.A.C.R., é composto por um conjunto de indivíduos, que pela sua estirpe, fazem dele um exemplo de singularidade.


Por tudo isto e por muito mais que ficou por dizer, como amigo, aficionado e caldense, resta-me desejar um bem-haja ao Grupo de Forcados Amadores de Caldas da Rainha.


Por último, dirijo-me, aquele que sempre acreditou neste projecto, e que sem ele o G.F.A.C.R., nunca tinha feito história, passo a “Batata Quente” ao nosso grande amigo, e 1º Cabo do Grupo - Vasco Morgado.

publicado por cid às 16:44

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Sexta-feira, 4 de Novembro de 2005

Batata Quente - Nuno Morgado

Caros amigos, aficionados e leitores do nosso blog,

Quero começar por agradecer o convite e as palavras simpáticas e amigas do Frederico ao me ter nomeado para a realização deste artigo. Aproveito para retribuir manifestando a grande estima e amizade que tenho pelo Frederico Casimiro por toda a sua família. Oxalá tenhamos sempre no nosso Grupo muitos forcados que o sintam como o Frederico o sente.


 Muitas conversas, debates e trocas de ideias temos tido sobre este Grupo que nos apaixona e que procuramos construir da forma mais adequada aos nossos objectivos comuns, consagrados unanimemente na nossa Carta Nobre, mas em cada passo, em cada progresso do Grupo, ficamos com a sensação que estamos perante uma "non ending story", quanto mais fazemos, mais parece haver para fazer.


 Para que se perceba o porquê desta introdução, e a importância do que aqui está dito, nesta sumária intervenção deixarei algumas notas sobre dois pontos que, sendo essenciais à salutar vida de um Grupo, só são verdades perenes na medida em que sejam incessantemente "bem" trabalhados.


Comecemos pela coesão. Quando a experimentamos, transmite-nos uma sensação de confiança e alento que nos enriquece e nos fortalece enquanto Grupo e na vida. Mas como se consegue? Porque é que é tão difícil de encontrar, principalmente fora do Grupo?


 Eu responderia, porque exige muito de cada um e de todos. Simplificando iria que exige consenso no que respeita aos objectivos e exige consenso no que respeita aos meios para os atingir. Uma vez que o consenso é sempre fruto do diálogo, facilmente percebemos porque é que a união no nosso ou em qualquer projecto colectivo só existe na medida em que for incessantemente "bem" trabalhada, por todos.


Em segundo lugar falemos um pouco de amizade. Qual sentimento bonito, e mais difícil de entender? Tem a sua origem no respeito e alimenta-se de reciprocidade. Constrói-se na verdade e exige confiança. Pede paridade, e assim simplicidade. Mas ainda que os estatuários estejam "tecnicamente" preparados, exige-se perseverança para que o resultado permaneça emocionante.


 Isto para dizer que o sucesso não é em circunstância alguma fruto do acaso, mas sim de uma entrega e dedicação constante. Mesmo as conquistas mais elementares e básicas só são verdades perenes na medida em que sejam incessantemente "bem" trabalhadas, por cada um em particular, e por todos em geral.


 Estou certo que o sucesso que desejamos para o nosso Grupo, fora de praça (no ambiente excelente que temos sabido criar e recriar) e dentro de praça (com a arte e eficácia que tanto ambicionamos), consegui-lo-emos porque continuaremos a trabalhar incessantemente, mesmo naquilo que aparentemente está adquirido.


Passo a Batata Quente ao nosso amigo, grande aficionado e elemento do nosso Grupo, que com tanta generosidade o tem ajudado a construir, Carlos Sequeira.

publicado por cid às 10:49

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