João Silveira...
É esta a LINDA razão que me trouxe para este Grupo ao qual tanto me orgulho de pertencer.
Encontro-me neste momento com insónias mas não taurinas...
Amanhã celebra-se o casamento do Óscar. Mal posso esperar para ver de novo a rapaziada que já não vejo (sempre) há tempo demais, a rapaziada que é a base do nosso Grupo e que não me sai da cabeça todo o dia( acho que estou apaixonado pelo Grupo!).
O que também não me saiu da cabeça foi a última noite nas caldas: o “aniversário” do Emanuel e do Galilontra (ah ah). Depois de uma noite de emoções fortes com as pessoas de que mais gosto, a manhã ficou marcada pelo ser mágnifico pelo qual comecei este texto...
O tempo, esse sujeito mal-recebido, recusava-se a passar por onde estávamos, ou por outra, não nos encontrava dado a imensidão de sitios por onde passámos e a rapidez com que os deixávamos, sendo esta de estranhar tal era o “carregamento” que nos impedia (supostamente) de qualquer movimento mais rápido que o normal. Tudo parecia estático...
Falámos de tudo: antigos forcados do nosso Grupo, corridas que tivémos, tardes e noites de glória, feitos notáveis, actos de amizade majestosos...
Rolaram lágrimas, soltaram-se sorrisos, trocaram-se olhares de desafio, mediram-se vontades...
Qual saltimbanco cansado, sentado na minha cadeira, posição que à parte da deitada me parecia mais confortàvel após longas horas em pé consequência da noite agitada, no mítico ”Paulo Brás” , senti a vida de uma maneira que poucas vezes tinha sentido, de uma maneira que só sinto quando estou com o Grupo. Senti a pequenez da minha pessoa contrastar perante a obra grandiosa que é o Grupo! Sim uma obra... uma obra começada por antigos elementos do Grupo e que continua a crescer, a ser moldada, a ganhar forma pelos presentes e futuros elementos quais picassos lusitanos.
Depois veio a paz, senti que tinha uma casa, um abrigo, um refúgio onde podia estar e sentir a vida de uma forma tão profunda, tão transcendente que a própria é secundária quando se trata de enaltecer e honrar o Grupo.
Pois é... É desta forma que sinto o meu Grupo, a minha Casa. Se num dia como este aprendo tanto e sinto tanto o Grupo imaginem a riqueza que não terei daqui a dez anos?!
Recebemos tanto que tudo o que possamos dar é microscópico, mas vale a pena pois são os gestos de entrega que nos permitem ter o Grupo que temos.
Devo confessar que fui convidado pelo meu querido primo e padrinho (João da Silveira) para me juntar a vós algumas vezes embora a idade e a preocupação paternal tenham sido entraves, meras poças de água no caminho que me levaria a um amor platónico que partilho com o nosso Grupo.
Também eu não fazia a minima ideia do que era pertencer a este Grupo. Deve ser giro pegar toiros pensava eu... gostava de treinar, de sentir um certo medir forças com o animal que tinha à frente. Mas foi na primeira corrida (novilhada, 16 de maio de 2008) que comecei a descortinar esse véu de emoções que me faz amar este Grupo. Senti todo o espirito de amizade ao avançar para dentro de praça como se de um só se tratassem os oito irmãos que saltavam a trincheira ao som da melodia que tanto gostamos de ouvir: TÁ TÁRA TÁ...TÁ TÁRA TÁ.
É isto que me alimenta a fome de viver, que me sacia a sede de querer estar presente EM PRAÇA, onde sinto a forma mais gratificante de poder ajudar e dar o meu contributo.
Podia falar de emoções e sentimentos até daqui a muito tempo mas nada explica o que se vive neste Grupo.
Assim, queria despedir-me agradecendo ao Guilherme esta oportunidade, devo confessar, há muito esperada.
A si, o meu faról desta minha vida, o meu querido irmão João da Silveira, um muito obrigado por me abrir as portas para um lugar de VERDADE.
Quero passar esta batata quente ao Francisco Kreye. Espero que nos digas o que sentes e o que te vai na alma.
Pelo grupo de Forcados Amadores das Caldas da Rainha
VENHA VINHO
VENHA VINHO
VENHA VINHO
Um abraço a todos,
Ticão